Não trocava nenhum momento, nenhum beijo, nenhum abraço, nenhum carinho, nenhuma palavra. Não trocava nenhum arrepio quando estavas perto, não trocava nenhuma ponta de ciúme que sinto por gostar de ti. Não trocava nada por aquilo que tive, por aquilo que deste, por aquilo em que fui acreditando.
Se calhar, mudava pequenas coisas, que hoje nos fariam mais felizes, mas agora deixa estar… deixa as rosas ser rosas, deixa o chão no seu sítio, sem lesões e sem buracos (não quero cair em nenhum deles).
Vamos leves, no toque da noite, para um sítio sossegado, onde sejamos só nós, sem preconceitos ou roupa, sem acessórios ou misturas de personagens. Um sítio onde seja eu e sejas tu, não onde sejamos nós, porque só seria mais difícil. Vamos ouvir a sabedoria das estrelas, sem nenhum aditivo, só e apenas o silêncio da selva fantasmagórica que nos envolve.
Será que há conclusões? Hajam elas, com sentimento. Cabeça esquentada e o pulso firme, vou subir mais um degrau. Obrigada.
Voltarei, em breve…
17.10.2010
Sarinha*
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