26.8.11

puffff!

Todos somos responsáveis uma vez na vida, porque não há ninguém que nunca tenha amado outro alguém, incluindo o seu próprio ego.
O amor não é fácil, mas é compreensível.

20.5.11

Tem de ser agora sem perder mais tempo, tenho de fazê-lo. Aproveito o facto de estar num sono profundo e sincero para me desviar de ti, só um bocadinho… Preciso de respirar o ar doce das estrelas que nos sobrevoam a cabana.

Vejo-te dormir, na nossa cama sem divisórias, como é tudo na nossa vida. Observo, mais longe, os copos de vinho erótico que nos trouxeram até aqui (realmente, foi um serão interessante, com muito para dar…). Deixo a camisa de veludo vermelho, que apela à provocação que te tenta na armário e, mais composta um pouco, abro a porta devagarinho.

Viajo pelos momentos que nos trouxeram aqui, hoje e agora, pelos momentos que me fazem amar-te como quem não sabe amar. O amor é ridículo, mas é por isso que te amo.

Somos ridículos.

Continuo a ver-te dormir, num leve respirar de quem agradece um sono divino, com uma mão no teu cabelo e a outra pendente sobre mim mesma. Gosto de ver-te, feliz. Deixo o jazz continuar a entrar nos nossos ouvidos, baixinho. Revejo memórias em papel, desde fotografias até promessas escritas, que me fazem pensar o quanto é bom gostar de ti, e quanto é bom gostar de nós.

O pó das recordações trazem-me lágrimas alegres, à muito suspensas em meus olhos. Não posso esconder o quanto preciso de te ver dormir, assim, com esse jeitinho de menino grande. Gosto de cozinhar para ti, e de quando me amarras com aquele toque subtil que me arrepia até à mais funda glândula do meu corpo. O marisco estava delicioso, mas repenso no que posso melhorar, só para ti.

Levanto-me, despenteada pelo vento e fecho a porta, ainda mais devagarinho. Despi o roupão e puxei o lençol, para voltar a deitar-me a teu lado. Tu acordaste, mas eu fiz-te adormecer, indefeso, contra o meu peito.

Sorri meu amor. É quando penso no início e na batalha, no sangue corrido em lágrimas que agradeço a quem me protege. É por tudo isto que te amo, mais um bocadinho hoje e um bocadinho maior amanhã.

20.5.2011

Sara

13.1.11

Rechieiro...

Hoje percebo como é fácil perder a vida sem poder sequer piscar os olhos, num segundo mesmo diante das próprias mãos.

Também me dói vê-los assim partir, com a crueldade que a morte escolhe, sem que o destino possa simplesmente dizer “Não Morte, não o faças assim, talvez não o mereça”; ela corre sozinha, e mais rápido que o Destino e a Luz.

Não são fictícios, existem mesmo. Não conseguir tocar, mas o frio rapidamente te invade; corre na espinha e ficas aflito, sem ar e com lágrimas secas por um abraço… É só conforto que se precisa, onde posso comprá-lo?

Não se vende, ainda! O genial cérebro humano ainda não inventou o carinho como instrumento de negócio, ufa!

Também apontei que temos de ser fortes. Porquê?

Porque os sorrisos de muitos corre-nos o rosto e as lágrimas de outros lavam-nos as mãos. Fico perplexa, mas fizemos tudo, com todas as armas possíveis!

É irónico, mas ela leva-nos assim… O futuro dos teus cá fica, com o melhor exemplo espero… Vitória, Ostentação, Luta, União, Nostalgia, Tacto, Amor, Risos, Injustiça, Alertas, Dedicação e Orgulho fazem de mim a mulher que sou hoje, com altos e baixos, mas cada vez com mais força para amarrar aqueles que amo.

Hoje pensei o que seria de mim sem vocês… As lágrimas corriam, mas gritei de contente por poder dizer “Tentamos tudo”.

13.1.2011

Sara Machado

15.12.10

Também existe bom português.

"Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano por inventar
Falamos, falamos coisas tão loucas e acabamos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar

Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver
Só tu e eu

Foi em Novembro que partistes
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos o mês frio de Janeiro
Lembro-me que me dissestes que o meu corpo tremia
E eu que queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não me digas adeus, quem sabe talvez um dia...
Como eu tremia meu Deus! Amei como nunca amei
Fui louco? Não sei, talvez! Mas por pouco, muito pouco,
Eu voltaria a ser louco; amar-te-ia outra vez

Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda historia de amor
Que um dia me aconteceu e recordar é viver

Só tu e eu"


Vítor Espadinha "Recordar é Viver"

28.10.10

Uma só chance.

Antes de dispara pensa, é isso que está certo?

Há mais soluções, procura por perto.

Não ajas por impulso, com o coração acelerado

Talvez faças mais quieto, fica calado.

Não te vingues, não vale a pena…

Já reparaste na sujidade dessa pele morena?

É a consequência da luta, do esforço

Sem rancor ou sangue no pescoço

Só com amor e calos na mão.

Por isto, pela paz, pelo perdão

Será necessário descer à podridão?

Não. É preferível ser justo

Sair a ganhar no luto.

Prime agora o gatilho, só tens uma tentativa

Não te esqueças que quando a bala sair não tens alternativa…

 

28.10.2010

Sarinha*